Gluteoplastia

Técnica conjunta de Implante e Lipoescultura

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As nádegas são, na maioria das culturas, uma região anatómica com uma forte associação aos aspectos sensuais e de atracção e beleza feminina. O volume, projecção e forma idealizados são variáveis de acordo com a cultura, sendo que na Europa, Estados Unidos e América do Sul, se encontram ideais de beleza díspares entre si.

No entanto, uma relação em que a projecção e forma da nádega sobressaem relativamente a uma cintura estreita, é uma medida consensual de uma nádega atraente. Também a região de maior projecção parece ser consensualmente localizada ao nível da região púbica e não inferiormente a esta.

Assim, com todas as variáveis socioculturais, a verdade é que a região glútea é maioritariamente vista como uma área de particular sensualidade e atracção entre sexos, com uma dimensão e projecção que são apreciadas transversalmente em todas as culturas.

A projecção das nádegas é dependente de características que podem ser próprias à estrutura da mulher e, portanto, não modificáveis (como o ângulo sacrococcígeo da coluna vertebral) e por características modificáveis (como o volume dos músculos glúteos).

É curioso perceber que o músculo glúteo máximo, sendo um dos músculos mais fortes do organismo, é particularmente activo, não durante as caminhadas, mas quando se fazem exercícios de carga, como subir escadas ou rampas íngremes. A espessura muscular determina, em grande medida, a projecção máxima das nádegas.

Sobre o plano muscular, existe uma quantidade maior ou menor de tecido adiposo envolvido por fáscia, responsável predominantemente pela forma e volume da nádega. Esta quantidade é muito variável entre as raças e entre os indivíduos. Esta gordura não é delimitada por estruturas anatómicas fixas, sendo que, ao longo dos anos, tende a descair por depender de estruturas fasciais e da qualidade da pele, sujeitas a alterações com a idade e estado nutricional do indivíduo.

Ao abordar a região glútea, existem aspectos importantes a considerar e que determinam a selecção terapêutica para obter uma nádega correctamente projectada e toda uma região circundante que seja agradável em termos de forma. Os aspectos essenciais nesta abordagem são a avaliação da projecção, da forma e do volume.
A projecção, dependente da espessura do músculo glúteo máximo, pode ser modificada com a colocação de um implante de silicone, em posição intramuscular. Quando correctamente colocado, este implante aumenta consideravelmente a projecção da nádega, atingindo-se um resultado previsível, estável e duradouro em termos funcionais e estéticos.

A forma e volume, ainda que sejam modificados com a introdução deste implante, tendem a ser mais trabalhadas com a utilização da lipoescultura da região nadegueira. Assim, conseguida a projecção correcta com o implante, toda a forma e volume poderá ser modificada com a colocação de enxertos de gordura para moldar a estrutura supramuscular, ao mesmo tempo que a região da cintura e a região dos flancos acima das nádegas poderá ser lipoaspirada. Quando a gluteoplastia é realizada correctamente e os três pilares Projecção - Forma - Volume são melhorados, os resultados obtidos são naturais e equilibrados.

A gluteoplastia, apesar de tecnicamente desafiante (e portanto muitas vezes esquecida nos últimos anos), é um procedimento estético cada vez mais procurado e com resultados consistentes que rapidamente se está a transformar numa opção comum, com resultados estéticos ímpares. 

Porto, 30 Junho 2017